LEMBRANDO SIR WINSTON CHURCHILL
“A desvantagem do capitalismo é a desigual distribuição das riquezas; a vantagem do socialismo é a igual distribuição das misérias.” CHURCHILL
Apesar de muitos obituários disponíveis na Internet não tenham dado atenção à data, esta segunda-feira, dia 24/01/2011, marca o 46º aniversário da morte de um dos personagens mais importantes do século XX. Trata-se do soldado, historiador, escritor, orador, jornalista, estadista e político inglês Sir Winston Leonard Spencer Churchill ou simplesmente Churchill. Embora tenha participado da Primeira Guerra Mundial, foi pelo seu desempenho na Segunda Guerra que é reverenciado em muitas nações livres.
A nossa Natal, tão importante na estratégia das Forças Aliadas, tem no seu centro urbano um Colégio Público que leva o nome desse inglês. É talvez singela, mas muito válida homenagem. Churchill foi responsável direto de incutir indispensáveis sentimentos de patriotismo às tropas aliadas. No auge do bombardeio nazista a sua Londres, usou um programa de rádio para dizer aos seus compatriotas com segura determinação: “Jamais nos renderemos!”
Exímio frasista, certa vez resumiu numa frase todo o seu sentimento antinazista: “Se Hitler invadisse o Inferno, eu cogitaria de uma aliança com o Demônio”. Para os leitores mais antigos que acompanharam durante a II Guerra, o noticiário da estação inglesa BBC, o nome Churchill era muito familiar. A sua figura que aparecia nas revistas e jornais da época tinha um detalhe marcante: um charuto cubano, inseparável objeto que ele sempre conduzia aceso ou apagado.
A propósito desse hábito do estadista inglês, chegou às livrarias brasileiras nesta semana um livro com o sugestivo titulo: “O charuto de Churchill – uma caso de amor na paz e na guerra”. Apesar de inveterado fumante de charutos, detestava cigarros. Tinha pleno conhecimento dos males do tabaco. Semelhante a todos os mortais, Churchill tinha virtudes e defeitos. Foi um contumaz bebedor de uísque, aguardente, conhaque e champagne. Hoje, dir-se-ia alguém politicamente incorreto. Mesmo assim, viveu 90 anos!
Nascido de sete meses, Churchill era descendente de uma família aristocrática. Seus ascendentes paternos pertenciam à linhagem dos Duques de Malborough. A sua mãe era filha de uma milionário americano. Nos três colégios que frequentou, Churchill não fora um bom aluno. De temperamento independente e rebelde sempre teve um relacionamento distante com os pais. Foi Primeiro Ministro da Inglaterra por dois períodos. Ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1953 e tornou-se o primeiro estrangeiro a receber o título de cidadão honorário dos Estados Unidos.
Indagado via correio eletrônico, um amigo inglês me disse que não há nenhuma homenagem prevista por conta desta data. Acentuou ainda que diferentemente do costume dos católicos brasileiros, os protestantes ingleses não celebram aniversários de morte. Concluiu: A grande homenagem foi feita durante seu funeral. Churchill teve um funeral de chefe de estado. Uma estátua sua se ergueu diante da Casa dos Comuns em Westminster.
A verdade é que se famosos filósofos ingleses como Thomas Hobbes, John Locke, David Hume, Adam Smith e John Stuart Mill contribuíram com seus empirismos para o desenvolvimento do pensamento moderno, Churchill entrou para história pelo seu indefectível pragmatismo.